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    O termo fanzini é o nome dado para publicações independes, feitas por um fã, ou um grupo de fãs, dispostos a arcar com as despesas e possíveis prejuízos. É uma pequena revista feita de forma artesanal.  Por ser uma forma de livre expressão a sua tiragem e periodicidade variam do investimento, tempo e vontade do seu criador.
    Os primeiros Fanzines surgiram na década de 30, nos Estados Unidos, de acordo com Henrique Magalhães, autor da primeira dissertação de mestrado sobre fanzines no país.  A tradução para esse nome é algo como “revista de fãs”, derivada da junção das palavras fanatic e magazine. No Brasil essa forma de expressão surgiu em 12 de outubro de 1965 pelas mãos do piracicabano Edson Rontani.
    Como colecionador e fanático por HQs Rontani chegou a ter 130 mil revistas em casa. Sentiu a necessidade de se comunicar com as pessoas que assim como ele eram apaixonados por essa arte. Diante disso, criou o primeiro fanzini no Brasil investindo do próprio bolso: “Era um negócio empresarial, que deu lucro, gerou investimento e satisfação pessoal. Tudo feito nos conformes da época, com envio pelo correio, recebimento via reembolso postal e situações peculiares dos anos 60 e 70”, conta Edson Rontani Junior, sobre o negócio de seu pai.
    Quando Rontani criou o primeiro modelo brasileiro, era denominado de Boletim informativo. A publicação levou o nome de “Ficção” voltada aos amantes de quadrinhos.  A distribuição era feita via Correios, através de contatos com colecionadores de quadrinhos.  De acordo com seu filho: “As pessoas interessadas liam em revistas de histórias em quadrinhos a criação do boletim informativo sobre HQs e faziam o pedido através de correspondências. A partir de então, passavam a integrar uma lista (que chegou a ter 700 nomes) que recebiam regularmente os fanzines”.